Atraído pela imprevisibilidade e intensidade do universo hardcore punk desde tenra idade, o autor procura neste projeto levar a cabo uma celebração visual desta subcultura, homenageando a sua estética singular.
Da relação simbiótica entre as bandas e o público, irrompe uma energia convulsa que serve de ponto de partida a uma catarse coletiva. Agressiva e caracterizada pela união de uma comunidade em torno das suas crenças e valores, opõe-se acutilantemente ao status quo político, social e económico.
Quase como um exemplo de antiarte – desde o perfil sónico, à muito literal agressividade física -, o hardcore é para toda a gente, mas nem toda a gente é para o hardcore.
Assim, “PLAYGROUND” surge como um registo documental capaz de transportar qualquer pessoa para um dos mais particulares epicentros musicais e artísticos da cidade do Porto, partindo de uma ótica privilegiada. A imagética, também ela visualmente arrojada, reflete uma visão intimista das pessoas e dos lugares que moldam e impulsionam estes concertos: são precisamente estes os rostos e corpos que, contorcidos e agitados, jogam incessantemente entre si.           
Acontece que, neste parque, não há lugar para brincadeiras.
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